Quando decidi que te deixaria partir, pensei que ia ser capaz... E fui. Só não pensava que ia ser difícil ficar onde estou. Diante da minha janela, pensando que talvez devesse de ter feito alguma coisa. Olhando a rua, observando quem passa, percebo que o Mundo não parou, nem pára.
Nunca julguei que ficasse tão presa a um passado que pensava nunca ter conhecido. Só percebi o que queriam dizer estas marcas, apagadas pelo tempo, conservadas pela memória de um coração frio, quando me cruzei com um sinal de que tudo pode mudar.
Apenas, se eu decidir que não quero mais olhar pela janela, quero sair pela porta (cuja chave julgava perdida) e ir de encontro a uma realidade, que na verdade nunca deixou de existir.